Protectores solares podem libertar substâncias tóxicas para as algas



Os protectores solares são produtos importantíssimos, mas ainda pouco se sabe do seu impacto nos oceanos. Um estudo publicado recentemente no Environmental, Science & Technology, porém, avisa que os produtos químicos presentes nos filtros do protector acumulam-se no mar e geram efeitos tóxicos sobre os fitoplânctons, as microalgas que formam a base da cadeia alimentar dos ecossistemas marinhos.

O estudo explica que as nanopartículas de dióxido de titânio geram peróxido de hidrogénio na presença da luz, que é libertado nas águas costeiras em níveis suficientemente grandes para stressar as algas.

O peróxido de hidrogéno, conhecido como água oxigenada, costuma ser utilizado para limpar aquários infestados de algas e até piscinas. O composto tem capacidade de provocar o rompimento das células das algas.

O estudo foi desenvolvido num único dia de Agosto de 2013, na praia da Palmira, em Maiorca. Nas análises, as concentrações de peróxido de hidrogénio na praia ficaram abaixo de 100 Nm durante a madrugada, mas atingiram o pico de 278 mm ao meio-dia – este nível pode causar stress oxidativo nas algas, afectando o seu crescimento.

Finalmente, o relatório avisa que é necessário estimular mais pesquisas sobre como os compostos de protectores solares afectam as comunidades de algas e as formas de reduzir os impactos no ambiente, avisa a Exame.

Foto: Amir Krone / Creative Commons





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