proTEJO denuncia que o bloom de algas chegou a Vila Velha de Ródão



Esta quarta-feira, o proTEJO denuncia que a poluição de bloom de algas observado na barragem de Alcântara, em Espanha, a 26 de junho, chegou agora ao rio Tejo, a Vila Velha de Ródão. Prevê-se a contínua contaminação do rio até à barragem do Fratel. O Movimento pelo Tejo refere que o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, deve exigir explicações a Espanha, e considera ainda a necessidade de ser apresentada uma Queixa à Comissão Europeia contra os governos de Portugal e Espanha, assente no incumprimento da Diretiva Quadro da Água.

O bloom de cianobactérias justifica-se, segundo o proTEJO, pela “concentração elevada de nutrientes, nomeadamente fósforo, depositados no fundo das albufeiras da Extremadura espanhola, Azutan, Torrejon, Valdecañas, Alcantâra e Cedillo, em resultado décadas de descargas de águas residuais sem adequado tratamento e das escorrências de fertilizantes agrícolas”, pela “ausência de precipitação significativa durante os 10 meses do ano hidrológico de 2021/22” que “não permitiu a reposição dos baixos níveis de armazenamento gerados pelo esvaziamento das barragens de Alcântara e Valdecañas”, bem como pelas “condições de temperatura e luminosidade elevadas, que se ocorreram no verão de 2021, e desde aí até hoje, em que estas barragens armazenavam pouca água em resultado do seu esvaziamento artificial”.

O Movimento aponta que “esta situação constitui um agravamento adicional do estado ecológico das massas de água do rio Tejo em Portugal em incumprimento da Convenção de Albufeira quanto à obrigatoriedade de garantir o bom estado ecológico das massas fronteiriças e transfronteiriças e em incumprimento da Diretiva Quadro da Água que impõe o objetivo de alcançar um bom estado ecológico das massas de água”.





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