Protestos dos alunos em Lisboa são por uma “causa nobre e justa”



O ministro da Educação disse hoje que os protestos dos alunos em escolas de Lisboa pelo fim da utilização de combustíveis fósseis tem na base uma causa “nobre”, orgulhando-se do país ter jovens que se mobilizam pelo planeta.

“Aquilo que me interessa valorizar é que, de facto, a causa [dos protestos] é justa e nobre e orgulho-me de que o país tenha jovens que se mobilizam pelo planeta”, afirmou João Costa a propósito das manifestações dos alunos em escolas e faculdades de Lisboa pelo ambiente que levou, inclusive, ao encerramento da escola artística António Arroio.

Os alunos estão a lutar por uma causa que é relevante e que mobiliza toda a gente, que é o combate às alterações climáticas, afirmou o ministro, sublinhando ser “bom” ver os mais jovens motivados.

Na quinta-feira, um grupo de alunos da escola Antonio Arroio, em Lisboa, colou-se às portas e bloqueou a entrada em protesto pelo fim dos combustíveis fósseis, havendo mesmo estudantes em protesto no telhado.

Os alunos estão desde segunda-feira a ocupar a escola, num protesto que se repetiu em outras cinco escolas e faculdades da capital com uma reivindicação comum: o fim dos combustíveis fósseis.

“Temos trabalhado na sensibilização dos mais novos para as questões da educação ambiental e da sustentabilidade. Portanto, há uma causa boa por trás do protesto dos alunos”, considerou hoje o governante, no final de uma visita à escola Gonçalves Zarco, em Matosinhos, no distrito do Porto.

João Costa assumiu que nem todos estarão de acordo sobre os meios para a luta, mas sublinhou ser de “saudar” ver uma geração fortemente comprometida com a transformação no mundo e a interpelar os adultos, os responsáveis políticos e aqueles que têm responsabilidades de ação.

As escolas são lugares onde se promove a educação ambiental e se promove o debate, o pensamento crítico, o pensamento livre e a consciência para a sustentabilidade do planeta, vincou.

O ministro da Educação aproveitou ainda para prestar homenagem aos diretores das escolas onde estes protestos estão a ocorrer por estarem a geri-los com uma “enorme sensibilidade” e em diálogo com os alunos.

“Integrando até uma suspensão das atividades letivas nestes dias para poderem também estar em diálogo e em trabalho com estes alunos”, concluiu.





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