Quadros da STCP querem comprar a transportadora do Porto



Os quadros da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto) apresentaram uma proposta para comprar a empresa, caso esta seja privatizada. A proposta já foi comunicada ao conselho de administração.

“A ideia do MBO (Management Buy-Out) surge pelo conhecimento profundo que os quadros têm da empresa e do negócio, e da garantia de esta poder ser economicamente sustentável já em 2012”, explicaram, numa entrevista, os membros do Conselho de Quadros da STCP ao Jornal de Negócios.

Em cima da mesa estão duas formas de financiar o projecto. A primeira passa pela conclusão do projectos de reestruturação da empresa, que levará à sua sustentabilidade, estando o financiamento assente no valor do negócio e patrimonial da STCP, o que sustentará a entrada de capitais do sector financeiro.

A segunda passa pela entrada de parceiros estratégicos, mesmo que estes não estejam ligados ao sector.

Ao Negócios, estes quadros fizeram questão de afirmar que, para este interesse, não contam com a “dívida histórica da empresa”, uma vez que o seu pagamento foi assumido, na íntegra, pelo secretário de Estado dos Transportes.

“Esta operação garante para o accionista a possibilidade da aproximação do valor gerado pelo MBO através do preço da venda da empresa”, explicam os trabalhadores da empresa.

A STCP representa 60% do transporte público da Área Metropolitana do Porto pelo que, de acordo com o conselho de quadros, é fundamental que a empresa mantenha a exploração das suas concessões.

A reformulação das carreiras da STCP arrancou há alguns anos, sobretudo com a entrada em funcionamento do Metro do Porto. Aí, a STCP passou a funcionar numa lógica de intermodalidade com o metropolitano. A empresa apresentou resultados positivos de €1,2 milhões (R$ 2,8 milhões) no primeiro semestre de 2011, contra um valor negativo de €27 milhões (R$ 65,1 milhões) no período homólogo.





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