Qualidade da água em seis lagoas preocupam Governo dos Açores

O Governo dos Açores revelou hoje que existem seis lagoas com uma qualidade de água “longe do desejável”, expressando preocupação com as lagoas Verde das Sete Cidades, Furnas, Congro e Santiago, Funda e Negra.
“Esperamos que em 2027 apenas seis das 23 lagoas que existem possam não ter atingido ainda o bom estado de qualidade. Estamos a trabalhar. As lagoas todas que são massas de água relevantes têm os Planos de Ordenamento de Bacia Hidrográfica em vigor”, salientou.
Em causa estão as lagoas Verde das Sete Cidades, Furnas, Congro e Santiago, na ilha de São Miguel, e as lagoas Funda e Negra, nas Flores.
O secretário regional e o presidente do Governo dos Açores estiveram presentes hoje numa cerimónia para assinalar o Dia Mundial da Água, realizada na Lagoa das Sete Cidades, em Ponta Delgada.
Alonso Miguel prometeu “medidas adicionais” para melhorar a qualidade de água das lagoas, mas lembrou que a recuperação de uma lagoa é um “processo lento”, enquanto a sua eutrofização é “relativamente rápida”.
“Temos um conjunto de lagoas que preocupam. A lagoa das Furnas, a lagoa do Congro, a lagoa Funda nas Flores, a lagoa de São Brás. Há um conjunto de lagoas que têm um estado trófico que está longe de desejável”, exemplificou o secretário do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).
Já o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, destacou o “acompanhamento” que é feito quanto à qualidade da água e realçou a executivo está a realizar um “trabalho curativo e preventivo” nas lagoas.
“Nós estamos com algumas lagoas, felizmente poucas, em fase oligotrófica, o que é fantástico. Temos outras numa fase mais eutrófico, mas é preciso trabalhar para preservar esse ícone da nossa beleza e da nossa natureza como são as nossas lagoas”, defendeu.
O líder regional alertou para os “fenómenos extremos da natureza” provocados pelas alterações climáticas, considerando necessário “cuidar” da água existente na região.
“Nos não temos falta de água. Temos é sim de tratá-la, preservá-la e cuidar em reservatório, para compensar períodos de mais pluviosidade ou períodos de mais seca. Também temos de trabalhar sob ponte vista de ordenamento do território a contenção dos riscos que o excesso de pluviosidade pode provocar”, concluiu.