Quanto vale uma onda portuguesa? (com VÍDEO)



Há décadas que se sabe que Portugal tem um potencial gigantesco no que toca ao surf, mas só nos últimos anos ele se consubstanciou. Em Outubro de 2012, deu-se o epicentro deste potencial, quando o mundial de surf, realizado em Peniche, gerou um total de €79 milhões em receitas.

Antes, porém, já três faculdades da Universidade Nova de Lisboa e a SOS – Salvem o Surf – estavam a trabalhar no projecto VoW (Value of Waves), que pretende saber o valor das ondas e da cultura oceânica.

O projecto iniciou-se em 2011, quando a Universidade da Califórnia contactou Lia Vasconcelos, professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova, para que esta preparasse uma análise específica do valor da onda.

Em Maverick, uma localidade surfista do Norte da Califórnia, tinha já sido feita uma avaliação económica do valor da onda, mas a Universidade Nova decidiu alargar o estudo para uma avaliação económica, social, cultural e ambiental.

Segundo o estudo, as ondas não estão a ser aproveitadas na totalidade. Nem pelos surfistas – que utilizam a onda directamente – mas também por comerciantes, indústria hoteleira ou concessionários de praia.

Durante o estudo, duas praias-piloto foram investigadas durante dois meses – Agosto e Setembro. “No caso de as ondas desapareceram parcialmente ou totalmente, cerca de 17% dos banhistas e 47% dos surfistas deixaria de frequentar as praias. Isto acaba por ter repercussões na economia local e utilização das praias”, explicou ao Economia Verde a professora Susana Silva.

Veja o episódio 91 do Economia Verde e descubra quanto pode valer uma onda – no âmbito regional (área metropolitana de Lisboa) e nacional.





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