Quase metade das espécies de plantas do mundo estão em risco de extinção



As plantas e os fungos são essenciais para a humanidade, através da alimentação, em produtos e em medicação. No entanto, muitas destas espécies continuam por ser estudadas cientificamente, perto de 2 milhões revela um novo estudo.

O novo relatório da RBG Kew “Estado das Plantas e dos Fungos no Mundo” revela que 39,4% das espécies estão ameaçadas de extinção, destacando plantas como o louro, a murta e a faia como subestimadas. Assim, duas em cada cinco espécies estão em risco, e as principais causas são, no caso das plantas, a agricultura e aquacultura (32.8%) e o uso de recursos biológicos (21.1%), e no caso dos fungos (Fungi), o desenvolvimento residencial e comercial (18.7%) e o uso de recursos biológicos (13.9%).

“A extinção resulta não apenas na perda de uma espécie em particular, mas também apaga a história evolutiva única que a espécie representa, incluindo características insubstituíveis e combinações únicas de funções, algumas das quais poderiam ser benéficas para os humanos.”

A investigação aponta que a Lista Vermelha da IUCN, embora seja a fonte mais abrangente a nível de risco de extinção das espécies, identifica apenas perto de 116 mil plantas, o equivalente a 6% dos 2 milhões de espécies conhecidas atualmente.

É essencial compreender quais as plantas e os fungos que estão em risco de extinção, a fim de compreender como minimizar estas perdas de biodiversidade no futuro.

O estudo revelou também que o número de espécies utilizadas para consumo humano (não só alimentar) tem vindo a diminuir com os anos, embora a disponibilidade seja grande. Apenas 6.2% das plantas e 0.4% dos fungos estão associados a patentes, revela o relatório.

A produção do relatório envolveu 210 cientistas, 97 instituições e 42 países diferentes.

 

 





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