Quatro ativistas climáticos detidos domingo vão hoje a tribunal



Os quatro ativistas climáticos detidos no domingo em Lisboa durante a ação popular “Parar os Aviões” vão hoje a tribunal às 13:30, revelou o movimento Climáximo que organizou o protesto junto ao Aeroporto Humberto Delgado.

Cerca de meia centena de pessoas manifestaram-se no domingo à tarde junto ao aeroporto de Lisboa num protesto contra aquela infraestrutura “altamente poluente” e pelo fim dos voos particulares e de curta distância, tendo sido detidas quatro pessoas.

“À porta da esquadra (da PSP) dos Olivais, dezenas de pessoas juntaram-se `em vigília´ em apoio às pessoas detidas”, que acabaram por ser libertadas pouco antes da meia-noite, segundo a associação.

Os quatro detidos serão hoje presentes a tribunal, às 13:30, acrescenta a Climáximo, lembrando o poder da ação popular que conseguiu causar uma “disrupção durante mais de 30 minutos nos acessos ao Aeroporto Humberto Delgado”.

A iniciativa promovida pelo movimento ambientalista teve início às 15:00 com uma concentração na rotunda do Relógio, seguida de uma marcha em direção ao aeroporto.

Aquando da chegada à zona aeroportuária, os ativistas viram-se impedidos pela PSP de terminar a sua ação de protesto no átrio do aeroporto, acabando por se sentar na estrada de um dos acessos, mas sem colocar em causa as partidas e chegadas dos passageiros.

A porta-voz do Climáximo Maria Lourenço explicou à Lusa que o movimento tentou “mostrar a força que o poder popular pode ter em contraste com a inação dos partidos políticos”.

“Todos os partidos concordam com a construção de um novo aeroporto [em Alcochete] e de uma nova indústria mortífera. Sabemos que o aeroporto é a infraestrutura mais poluente e mais emissora de gases com efeito estufa a nível nacional e, por isso, mais responsável pelo agravar da crise climática, cujas consequências temos visto em desastres como Valência, mesmo aqui ao nosso lado. E nós precisamos de parar estes ataques contra a vida”, salientou.

Maria Lourenço defendeu a necessidade de “cortar 85% das emissões de gases com efeito estufa até 2030”.

O porta-voz da Climáximo, Francisco Sequeira, acrescentou que é preciso “parar imediatamente” com os voos de curta distância  e com os voos particulares.






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