Que cor têm em comum Guantanamo,terrorismo e refugiados?



Dois portugueses inauguraram há poucos dias em Berlim a exposição “Orange”, a cor dos salva vidas dos refugiados, dos guardas prisionais de Guantanamo e das vítimas do Daesh. Para estes artistas, laranja “é a cor do nosso tempo”.

Ao assinalarem esta cor como traço comum de fenómenos tão marcantes, os fotojornalistas Ângelo Ferreira de Sousa e Isabel Ribeiro, encontraram o ponto de partida desta exposição, composta por fotografia, pintura e vídeo, cuja finalidade é questionar os temas da actualidade política mundial.

Em entrevista à Lusa, Ângelo Ferreira de Sousa descreve como se estabeleceu no seu espírito a associação ao laranja: “Os membros terroristas do Daesh, quando executam as pessoas, usam túnicas cor-de-laranja em resposta simbólica e mediática às túnicas prisionais dos Estados Unidos. Não é uma casualidade”.

Esta mesma cor volta a estar presente nas imagens associadas aos refugiados que chegam à Europa por mar, abandonando coletes salva-vidas nas praias europeias que “muitas vezes são falsos porque as máfias, que se encarregam de transportar as pessoas dos territórios em guerra para a Grécia, vendem os produtos adulterados, que, na verdade, não têm segurança nenhuma”, disse. Esse coletes também são laranja, ou traduzindo para idiomas mais internacionais, “Orange”, o nome da exposição que interpela o mundo através do talento de dois artistas portugueses.

Foto: Artemis Snow / Creative Commons 





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