Queixas sobre ratos diminuem em Nova Iorque após novas regras para recolha do lixo
As denúncias sobre a presença de ratos em Nova Iorque diminuíram 20% nos últimos dois meses, após a aplicação de novas regras para o descarte e a recolha do lixo, divulgou esta terça-feira a autarquia da metrópole norte-americana.
O novo programa foi lançado por Kathleen Corradi, ex-professora e ativista antirratos, nomeada em abril pelo presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams, como responsável pela mitigação de roedores.
As novas regras minimizaram o tempo que o lixo fica nas ruas e aumentaram o número de contentores disponíveis.
Segundo Adams, as medidas resultaram numa clara queda nas chamadas para denunciar a presença de ratos na cidade, entre maio e meados de julho, em comparação com dados do ano passado.
O autarca frisou ainda que as chamadas de avistamento de ratos das quatro zonas de mitigação, onde a maioria das ações foram tomadas em resposta a problemas com os roedores, diminuíram 45%.
“Ainda é cedo, mas estes números mostram que o que estamos a fazer está a funcionar e que estamos a ir na direção certa”, destacou Adams, relembrando o seu “ódio por ratos”.
O presidente da Câmara de Nova Iorque anunciou também que a cidade vai copatrocinar o primeiro Dia de Ação contra os Ratos, em 12 de agosto no bairro de Harlem, iniciativa que pretende educar sobre os cuidados com as ruas, as árvores ou o manuseamento do lixo.
Os ratos há muito que atormentam a cidade, sendo uma das principais preocupações da população, juntamente com o crime, a falta habitações e os preços dos alugueres das casas.
Nenhuma armadilha ou veneno conseguiu reduzir totalmente os seus números, sendo que os ratos prosperaram em túneis de metro e tocas em terrenos baldios e parques da cidade.
No ano passado, os nova-iorquinos ligaram quase 3,2 milhões de vezes para a linha destinada a avistamentos de ratos, número um pouco abaixo do máximo de reclamações em 2021.
A abordagem da cidade de Nova Iorque contrasta com alguns esforços dos defensores dos direitos dos animais em Paris, onde pode haver mais ratos do que os seus 2,2 milhões de habitantes, talvez o dobro, de acordo com algumas estimativas.
Além do habitual medo e repulsa que causam, os ratos podem transmitir doenças como a leptospirose. Em raras ocasiões, a doença pode levar à meningite e causar insuficiência renal e hepática.