Quénia defende transformação da energia em África para privilegiar transição verde



O vice-presidente do Quénia, Rigathi Gachagua, defendeu hoje uma transformação do setor energético africano, com mais participação do setor privado, da comunidade internacional e da sociedade civil para garantir uma transição energética verde.

“Este é o momento de aprendermos com outros países e identificarmos oportunidades para desenvolvermos soluções”, disse Gachagua na intervenção de abertura da Conferência Mundial sobre Eficiência Energética, organizada pela Agência Internacional da Energia em Nairobi, capital do Quénia.

Na intervenção citada pela agência de notícias EFE, o vice-presidente queniano afirmou: “Só podemos transformar o mundo juntos, precisamos da intervenção do setor privado, da sociedade civil, dos governos e da comunidade internacional para garantir uma transição verde, porque temos de produzir mais e, ao mesmo tempo, reduzir a pressão sobre as nossas matérias primas e lutar contra as alterações climática”.

A reunião decorre hoje e quinta-feira e reúne representantes de cerca de 60 países, incluindo 27 países africanos, e surge numa altura em que a transição energética é um dos principais temas em debate no continente africano.

“Se algum país não fizer parte desta mudança e se posiciona mal, não só será mau para o planeta, será mau para o próprio país e a sua economia”, alertou o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, acrescentando que “o Quénia, a África e todos os países devem assegurar-se de que o setor energético seja limpo, sustentável e seguro para todos”.

Na intervenção, de acordo com a EFE, Birol lembrou que 500 mil mulheres e jovens morrem todos os anos por inalar fumos tóxicos enquanto cozinham usando combustíveis a carbono e defendeu que o acesso a energia limpa por acabar com este problema.

Cerca de 600 milhões de pessoas em África, o equivalente a 43% da população, não têm acesso a eletricidade, mas há boas notícias, concluiu o chefe da AIE: países como o Gana, Ruanda ou Quénia estão a caminho de garantir eletricidade a todos os seus cidadãos até 2030, “uma história de sucesso que outros países podem seguir”.





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