Quercus: cuidado com os saldos de fornos, placas e exaustores nas próximas semanas



Os fornos domésticos, placas e exaustores de menor qualidade em termos de eficiência energética deixarão o mercado português nos próximos meses, depois de uma nova regra europeia determinar a sua proibição. Assim, apenas os produtos em armazém até 20 de Fevereiro podem continuar a ser vendidos.

A nova medida permite a entrada de novos produtos no mercado e possibilita aos consumidores uma eventual poupança até €230 ao longo do tempo de vida de um forno eléctrico, por exemplo. Ainda assim, de acordo com a Quercus, esta nova regra traz uma “rasteira” comercial.

“Os consumidores deverão estar alerta, nas próximas semanas, para os saldos de modelos descontinuados, que os poderão comprometer com um monstro consumidor de energia durante anos”, explica a ONGA (organização não-ambiental de ambienta).

Segundo a Quercus, apesar de potência não ser sinónimo de desempenho, os consumidores acabam por comprar, com frequência, produtos aparentemente mais baratos mas com custos de utilização elevados. “A nova legislação impõe requisitos mais exigentes que impedem agora os produtos de baixa qualidade de entrar na cozinha. Nas próximas semanas, os consumidores deverão estar atentos aos saldos de modo a evitar os levar para casa produtos altamente consumidores de energia. Daí que seja sempre aconselhável prestar muita atenção à etiqueta energética”, continua a ONGA.

Ao comprar um forno, placa ou exaustor com classe energética mais elevada, os consumidores podem poupar em energia cerca de 50€ por ano (entre €10 a €15 nos fornos, €15 e €20 nas placas e €15 nos exaustores).

De acordo com a Comissão Europeia, as novas estas alterações serão “invisíveis” para os consumidores e não irão prejudicar o desempenho e preço dos produtos ou afectar o emprego ou a competitividade das empresas.

A adopção destes regulamentos permitirá reduzir as emissões anuais, na Europa, em 1 milhão de toneladas de CO2 a partir de 2020, o que equivale a 1,2% das emissões de Portugal. Por outro lado diminui a dependência energética da Europa em cerca de 5 milhões de barris de petróleo, correspondente ao consumo energético anual, para aquecimento, de 400.000 habitações.

Foto: State Farm / Creative Commons





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