Quercus culpa eucaliptos – e mais dois – pelos incêndios da semana passada



A falta de ordenamento do território, os escassos apoios ao sector da floresta e a expansão descontrolada do eucalipto são os três principais culpados, para a Quercus, da recente vaga de fotos florestais.

Segundo a ONGA (Organização Não-Governamental de Ambiente), a semana passada demonstrou “a debilidade e a incapacidade de todo o sistema de prevenção de fogos florestais” em Portugal.

“Os fogos florestais combatem-se no Outono e no Inverno. E com prevenção”, explicou a associação ambientalista, que acusa as autoridades competentes de não estarem a “cumprir nem a fazer cumprir o decreto-lei que estabelece as medidas e acções a desenvolver no âmbito do Sistema Nacional de Defesa de Floresta contra incêndios”.

Estes planos, apesar de constituírem uma obrigação legal dos municípios, “não estão a ser aplicados e os resultados estão à vista”.

A Quercus avisa ainda que os fundos comunitários para a Defesa da Floresta contra Incêndios “não estão a ser utilizados da forma mais eficaz”, apesar de serem gastos “inúmeros recursos financeiros alocados ao sector do combate a incêndios”.

“O problema deve ser resolvido ao nível da prevenção”, explica a ONGA.

Também o facto de os programas de investimento florestal – plantações e limpezas – estarem bloqueados pela burocracia – “são desencorajadores para os proprietários florestais” – não ajuda ao combate aos incêndios.

Assiste-se ainda a um “aumento desenfreado da área de eucaliptal”, de tal modo que a área máxima prevista nos Planos Regionais de Ordenamento Florestal “já foi ultrapassada em várias regiões”, uma vez que alguns destes planos foram “parcialmente suspensos em várias regiões”.

Finalmente, o Estado português tem “dívidas avultadas para com as associações que actuam no ordenamento floresta e defesa da floresta contra incêndios”, que assim não podem realizar o seu trabalho de gestão e protecção deste recurso natural.





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