Quercus e Geota criticam construção de campo de golfe em Melides



A Quercus e o Geota (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente) revelaram ontem que o novo campo de golfe Costaterra Southlinks – e o hotel a ele associado –, na freguesia de Melides, litoral alentejano, não tem a avaliação de impactes cumulativos, não está previsto no PDM de Grândola, está fora do Plano de Pormenor das Fontainhas e aparece antes do PDM de Grândola se adaptar ao PROT (Plano Regional de Ordenamento do Território) do Alentejo.

O projecto prevê a construção de um hotel com 200 camas, em zona de REN (Reserva Ecológica Nacional), empreendimento com pedido de informação prévia já aprovado pela Câmara Municipal de Grândola.

“Trata-se de uma inversão total do processo de planeamento, em que as decisões tomadas são contrárias às disposições dos instrumentos de gestão territorial, procurando pressionar e alterar os mesmos, com base no facto consumado e nos direitos adquiridos. Recordamos que o PROT Alentejo foi aprovado há menos de dois anos”, explicam as ONGAs.

“O Geota e a Quercus consideram que é compatível a utilização turística desta faixa costeira com a conservação da natureza, desde que a ocupação turística apresente baixos impactes ambientais, não sendo, de todo, compatível com o turismo de massas. Note-se que, para além do turismo directamente resultante dos empreendimentos turísticos a instalar ou instalados, há muita gente que visita esta zona costeira, actualmente com bastante procura”, continuam as associações, que reconhecem, ainda assim, que o promotor tem tido “algumas preocupações ambientais”.

Finalmente, o Geota e a Quercus reiteraram o interesse em “continuar a procurar, em conjunto com os promotores e com a administração central e local, uma solução sustentável para o turismo nesta região”.





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