Quercus e HP Portugal arrancam com projeto de restauro de ecossistemas
A Quercus em parceria com a HP Portugal, iniciaram um projeto de restauro de ecossistemas este ano, e hoje Dia Mundial do Ambiente divulga o resultado da primeira ação no terreno.
Para este projeto, a área escolhida situa-se em de Marco de Canavezes, “por ser uma região com uma grande expansão da monocultura de eucalipto”, indica nota da associação ambientalista.
O terreno é propriedade da Escola Profissional Agrícola de Marco da Canaveses (escola pública), situado na freguesia de Rosem do concelho de Marco de Canaveses, que possui uma área de floresta de cerca de 60 ha, e que cerca de 90% da área sofreu vários incêndios nos últimos 20 anos.
A EPAMAC tem sido resistente à plantação de monocultura de eucaliptal, mas necessita de apoio para recuperar estas áreas com uma floresta autóctone diversificada. Estas áreas ardidas que eram essencialmente de monocultura de pinheiro-bravo possuem pouca regeneração natural, para além dos matos, e sobre atualmente uma grande à perda de solo nas zonas de cumieira.
Este projeto de restauro teve por base a plantação diversificada de espécies florestais nativas, respeitando o mosaico da paisagem e protegendo as espécies endémicas ameaçadas, a regeneração natural e a escolha das espécies mais indicadas para as condições edafoclimáticas do local.
A manutenção e monitorização da área é assegurada pela Quercus e pela EPAMAC e conta com o apoio da HP durante os próximos 3 anos, garantido os recursos necessários para uma eficiente instalação das espécies assegurando o desenvolvimento deste bosque. Os trabalhos de preparação de terreno, instalação e proteção das plantas contou com o apoio dos serviços técnicos da empresa ECOREDE.
A área intervencionada com este piloto é de 2 hectare com a instalação de 1100 árvores e arbustos.
As árvores plantadas e já existentes são das seguintes espécies autóctones: Acer pseudoplatanus (bordo) – 100 plantas; Arbutus unedo (medronheiro) – 200 plantas; Betula pubescens subsp. celtiberica (bétula) – 100 plantas; Juglans nigra (nagueira-preta) – 100 plantas; Prunus lusitanica (azereiro) – 100 plantas; Quercus faginea (carvalho-português) – 100 plantas; Quercus ilex subsp. rotundifolia (azinheira) – 100 plantas; Quercus robur (carvalho-alvarinho) – 100 plantas; Quercus suber (sobreiro) – 100 plantas; Ruscus aculeatus (gilbardeira) – 100 plantas. Foram mantidas várias dezenas de Pinus pinaster (pinheiro-bravo) resultantes da regeneração natural.
Este primeiro hectare plantado será uma sala de aulas e laboratório para os alunos desta escola e para a comunidade escolar, e que irão acompanhar e cuidar deste bosque ao longo das próximas décadas.
Uma floresta bio diversa constituída por espécies autóctones confere à região altos índices de biodiversidade e de produção de serviços de ecossistema como a criação de solo e combate à desertificação, regulação dos ciclos da água e do carbono, uma maior resiliência a pragas e doenças e à propagação de fogos florestais, etc.
Esta iniciativas de restauro de ecossistemas são extremamente importantes para a melhoria do Ambiente, para o combate às alterações climáticas, para a conservação da natureza e para o desenvolvimento sustentável (ambiental, económico e social) do nosso território e da Humanidade.