Quercus faz vigílias em fábricas de amianto



A Quercus e sindicatos da construção civil associaram-se numa acção que decorre hoje às portas de várias fábricas de amianto. Juntos em vigília pedem estudos epidemiológicos sobre o impacto da exposição a este contaminante.

“Apesar de comprovado o risco das fibras e a relação casual entre a sua exposição e o desenvolvimento de doenças e do amianto ter sido considerado prioritário pelo Comité Económico e Social Europeu, em Portugal não existe informação caraterizada e quantificada sobre a população laboral e ambiental exposta a amianto”, denunciaram em comunicado a Quercus e os sindicatos do sector da construção civil que se associaram a esta iniciativa, com o apoio da CGTP.

Em Portugal nunca foram realizados rastreios médicos aos antigos trabalhadores daquelas fábricas, frisaram os promotores das vigílias. Durante os 30 anos subsequentes à exposição a estas fibras podem desenvolver-se doenças cancerígenas.

As vigílias estão agendadas para as fábricas Novinco, em Matosinhos, Cimianto, em Alhandra e Lusalite, na Cruz Quebrada (Oeiras), que segundo os seus organizadores são “as três maiores fábricas nacionais que produziram materiais com amianto”.

Apesar de se encontrarem actualmente “desactivados e desocupados”, os edifícios destas unidades fabris “mantêm materiais contendo amianto na sua composição e as fibras libertadas durante os anos de funcionamento continuam a impregnar as suas instalações”, salientou a Quercus. Estas fábricas funcionaram durante cerca de 50 anos.

Foto: via Creative Commons 





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