Os desertos podem ser verdes?



O rei Abdullah II da Jordânia e o príncipe herdeiro Haakon da Noruega inauguraram ontem (7 de Setembro) a estação de testes do Sahara Forest Project, no deserto da Jordânia.

Trata-se de um projecto agrícola pioneiro, de apenas três hectares, localizado nos arredores da cidade portuária de Aqaba, que usa o sol, água salgada, áreas desérticas e CO2 para cultivar alimentos e gerar água doce e energia limpa. A ideia é que esta estação possa produzir cerca de 130 mil quilos de vegetais por ano e produzir mais de 2,5 litros de água por dia.

O Sahara Forest Project baseia-se em tecnologias de estufas refrigeradas com água salgada, energia solar concentrada e práticas de revegetação do deserto. Com um tamanho actual semelhante ao de quatro campos de futebol, inclui duas estufas de 1350 metros quadrados e ainda um campo de cultivo ao ar livre. 

Painéis foto-voltaicos geram energia solar, e há lagoas salgadas para produzir sal. Mas não é tudo. Outro dos objectivos deste projecto é combater a pobreza e promover o desenvolvimento através da criação de “empregos verdes”. Sendo que o objectivo final é abrir caminho para a expansão em grande escala da chamada “restorative farming” na Jordânia, revela o comunicado divulgado pela empresa.

O governo norueguês e a União Europeia são os dois maiores doadores do projecto. O ministro do Clima e do Ambiente da Noruega, Vidar Helgesen, disse: “O Sahara Forest Project demonstra que a aplicação inovadora de tecnologia tem o potencial de revolucionar os nossos sistemas de utilização da terra de forma a beneficiar o clima, as pessoas e as empresas. Estou extremamente entusiasmado para ver como este projecto se desenvolve e como pode inspirar outras iniciativas similares”.

Fotos: Sahara Forest Project

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