Radiação emitida pelos veículos eléctricos é entre 500 a 1.000 vezes inferior ao limite recomendado
As radiações eletromagnéticas emitidas pelos automóveis elétricos estudados pelos investigadores Paulo Coimbra e Tony Almeida, da Universidade de Coimbra, são 500 a 1.000 vezes inferiores aos limites máximos de exposição aos campos eletromagnéticos da população humana recomendados pela União Europeia
Estes são os primeiros resultados de um estudo em curso no Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e que revelam que, nesta matéria, os veículos eléctricos são seguros.
A equipa de investigadores do ISR efectuou várias medições em dois modelos eléctricos e um a gasóleo (para efeitos de controlo), verificando que, em comparação com os veículos que usam combustíveis fósseis, “os valores registados nos modelos eléctricos não são elevados e são seguros para a saúde humana”.
Este e outros estudos vão ser apresentados e discutidos, entre 10 e 12 de Março, no V Congresso de Protecção Contra Radiações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a decorrer no Auditório Lajinha Serafim do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), no Polo II da UC.
O evento reúne cientistas e profissionais das mais diversas áreas, desde médicos, técnicos em radiologia médica e industrial, profissionais da indústria de petróleo e gás e utilizadores de fontes radioactivas e de equipamentos geradores de radiações ionizantes e não ionizantes, até membros de órgãos reguladores e fiscalizadores e técnicos das áreas de segurança e medicina do trabalho.
O V Congresso de Protecção Contra Radiações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é organizado pela Sociedade Portuguesa de Protecção Contra Radiações, liderada pelo cientista da UC, Luís Neves, e pela Sociedade Brasileira de Protecção Radiológica.
Efeitos biológicos das radiações, protecção radiológica em saúde, protecção radiológica dos trabalhadores e do público, gestão de fontes e resíduos radioactivos, emergências radiológicas, radioactividade natural e cultura de segurança em protecção radiológica são alguns dos temas que vão estar em discussão.
Foto: Håkan Dahlström / Creative Commons