Ratos podem levar à extinção do Pinguim de Humboldt



Os ratos da Noruega – ou castanhos – podem levar à extinção dos pinguins de Humboldt, no Chile, de acordo com responsáveis do departamento de ecologia e biodiversidade da Universidade Andres Bello, em Santiago.

A comunidade de Humboldt diminuiu de centenas de milhares, há umas décadas, para apenas 45 mil indivíduos, o que a colocou na lista de espécies vulneráveis da União Internacional pela Conservação da Natureza em 1998.

“A causa para a redução da população de pinguins é o homem. E dos seus ovos… são os ratos”, explicou a veterinária de aves Paula Arce.

Estes ratos chegam a ter 20 centímetros e começaram a comer ovos de pinguim há muito tempo. Segundo alguns especialistas, caso estes ratos não sejam erradicados, podem levar os pinguins de Humboldt à extinção.

Os pinguins estão também ameaçados pela mudança das correntes do mar, gaivotas, pelicanos e, claro as redes de peixe.

Os pinguins de Humboldt estão dependentes dos seus pais durante dez periclitantes semanas, até poderem alimentar-se sozinhos, no mar. O pai e a mãe vão buscar comida, ao mar, à vez, para não deixarem os filhos sozinhos, mas a mudança das correntes do mar tem levado as sardinhas da Antárctica para cada vez mais longe, o que deixa os mais pequenos desprotegidos.

Recentemente, Paula Arce e Maximiliano Daigre, outro veterinário de aves, descobriram que 50% dos ovos dos Humboldt tinham sido rapidamente comidos pelos ratos da Noruega, enquanto as gaivotas, outro feroz predador, apenas comeu 16% dos ovos.

Segundo os responsáveis chilenos, os ratos de ilha de Islote Pajaro Nino, onde vive uma grande comunidade pinguim, vêm do resort de Algarrobo, na costa chilena, onde multimilionários mantêm iates e passam os Verões rodeados de elegantes jardins.

São estes jardins que atraem os ratos, que conseguem nadar várias centenas de metros até um barco que faça a passagem para a ilha. E a Islote Pajaro Nino, até então um domínio exclusivo de aves, torna-se num habitat de ratos.





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