Reciclagem de embalagens cresce 3%. SPV diz que “é preciso acelerar para o país cumprir as novas metas”



No primeiro trimestre de 2024, os portugueses encaminharam para reciclagem um total de 111.696 toneladas de embalagens, o que significa um aumento de 3% em comparação com o período homólogo. Se os dados do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagem (SIGRE) mostram que o país continua a cumprir, na globalidade, as metas estabelecidas para a reciclagem destes resíduos urbanos, revelam também que “há que acelerar este ciclo”, avisa a Sociedade Ponto Verde em comunicado.

Segundo a mesma fonte, este nível de crescimento, a manter-se, “é insuficiente, comprometendo a capacidade do país em alcançar, 2025, a nova meta de estar a reciclar, pelo menos, 65% das embalagens colocadas no mercado”.

Com os desafios na gestão dos resíduos, Portugal “precisa de mais ambição e articular-se na concretização de mais investimento em Inovação e tecnologia, na lógica da economia circular, para otimizar as infraestruturas e trazer modernização, mas também complementaridade às atuais formas de serviço, como os sistemas de recolha porta-a-porta ou medidas pay as you throw”.

A prioridade na prestação de um maior nível de serviço por parte dos operadores municipais na recolha, do ponto de vista da qualidade e conveniência, “contribuirá para o acelerar do desempenho dos níveis da reciclagem, já que incentiva a uma maior participação dos cidadãos no processo de separação e deposição dos seus resíduos no pós-consumo”.

Numa análise ao desempenho dos vários materiais de embalagens no SIGRE verifica-se que o vidro continua a merecer particular atenção, já que foram recolhidas 48.568 toneladas, ou seja, mais 1% em comparação com igual período de 2023. É o único material de embalagem a não cumprir a taxa de reciclagem nacional.

“É, por isso, fundamental que os portugueses reciclem mais e reforçar-se a aposta em sistemas de deposição de embalagens de vidro mais eficientes, como o baldeamento assistido, para colocar nas proximidades de cafés, restaurantes e bares, onde são geradas as quantidades mais significativas destes resíduos urbanos”.

“Estamos num momento crítico e, por isso, defendemos que o país deve ter mais ambição em matéria de gestão de resíduos e de resíduos de embalagens, ao nível da prevenção, reciclagem e valorização. Estamos, assim, disponíveis para continuar o trabalho colaborativo, agora com o novo Executivo, cuja agenda apresenta determinação em implementar as medidas necessárias para que o país cumpra as metas. O nosso compromisso é total para a evolução do setor, pois é parte fundamental em prol de uma economia cada vez mais circular em Portugal,” conclui Ana Trigo Morais.





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