Rede de bicicletas partilhadas começa a ser testada em Lisboa
A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) anunciou que a rede de bicicletas partilhadas começa a ser testada por voluntários e por convidados já esta quarta-feira, dia 21.
Em declarações à agência Lusa, fonte da EMEL indicou que, durante a manhã de quarta-feira, haverá uma apresentação do projecto aos jornalistas, enquanto à tarde será explicado aos voluntários que se inscreveram para o testar e aos convidados da empresa.
Prevê-se que esta fase de testes tenha a duração de um mês.
Em meados de Fevereiro passado, a EMEL divulgou que iria abrir candidaturas para os voluntários que quisessem, durante o mês de Março, testar a rede de bicicletas urbanas de uso partilhado, complementar ao Transporte Público, no Parque das Nações, fazendo depois recomendações ao projecto. Porém, a introdução “de melhoramentos” na rede e a “instalação das infraestruturas” originaram atrasos no arranque, apontou a fonte da empresa à Lusa.
Segundo o divulgado pela agência noticiosa, estamos a falar de uma rede de 1.410 bicicletas (940 eléctricas e 470 convencionais) distribuídas por 140 estações: 92 no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo entre as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade. Inicialmente, avançará apenas uma fase piloto com 10 estações e um máximo de 100
Todas as bicicletas estarão associadas a uma aplicação móvel (intitulada Lisboa Bike Sharing), através da qual será possível utilizar a rede. O investimento da EMEL no projecto é na ordem dos 23 milhões de euros, através de um contrato de prestação de serviços celebrado com a empresa portuguesa Órbita, para um período de oito anos.
De acordo com o plano de negócio do projecto, divulgado em Fevereiro do ano passado, o passe anual deverá custar 36 euros e o bilhete diário dez euros, pelo que a empresa perspectiva uma receita de 897.321 euros por ano.
Relativamente à publicidade, o plano de negócio prevê a cobrança de 350 euros por bicicleta, o que deverá representar um encaixe financeiro anual superior a 400 mil euros.
Tudo para que Lisboa se torne uma cidade mais acessível, sem stress, sem poluição e sem ruído, como evidencia o site do Lisboa Bike Sharing.