Reduzir, reutilizar e reciclar: é preciso educar



O REA (relatório do estado do ambiente) mostra que os portugueses estão mais conscientes dos problemas ambientais que os rodeiam, mas ainda muito aquém de práticas  quotidianas que levem a uma verdadeira alteração nos paradigmas ambientais com reflexo em melhores números quanto à separação e reciclagem dos lixos. Portugal tem sentido os efeitos desses mesmos problemas, com quantidades elevadas de lixo para tratar e descargas ilegais. “Apesar desta consciência os avanços têm sido tímidos, falta dar o passo em frente e adoptar as práticas ambientais mais sustentáveis”, defende a associação Quercus em comunicado.

Esse passo permitira melhorar o nosso desempenho ambiental, poupar o Ambiente e introduzir maior circularidade. O que é que precisamos: reduzir, reutilizar e reciclar!

“Os portugueses não o fazem porque não sabem, não sabem como reduzir, não sabem como separar e não sabem a diferença entre o que é biodegradável e reciclável, não sabem o que acontece depois de colocar o lixo no contentor. É preciso mais, mais informação mais esclarecimento, é preciso ajudar os Portugueses a dar o passo em frente”, alertam.

Este desconhecimento reflecte-se igaulmente no desempenho ambiental, como é possível verificar pelo Relatório de Estado do Ambiente (REA) publicado neste Dia Mundial do Ambiente. O relatório foi publicado 6 meses antes da data prevista, o que permite que uma avaliação a meio do ano, possibilitando a adopção de medidas para a correcção dos pontos mais fracos.

O lixo recolhido continua a ser de origem indiferenciada – 83,5%, o que indica que estamos a separar pouco. Por outro lado continuamos a produzir mais lixo: 1,29 kg por habitante/dia, apesar de termos uma meta para reduzir que estamos longe de cumprir – 10% até 2020. Continuamos a despejar lixo em aterro, incluindo os biodegradáveis cuja deposição aumentou no último ano – 43%., apesar da meta europeia indicar que temos um limite futuro – depositar apenas 10% em 2025. As baixas taxas de deposição em aterro não ajudam a promover a reciclagem. Ainda reciclamos pouco – 38% apesar dos 50% preconizados para 2020.

Para a Quercus é assim “urgente ajudar os portugueses a dar o passo em frente, informar e adoptar novas medidas que promovam uma maior circularidade na gestão dos resíduos em Portugal é obrigatório. A educação ambiental deve ser prioridade para se conseguir atingir as metas de 2020”, concluem.

Foto: Samuel A. Love / flickr 

 

 





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