Refugiada síria que ajudou a salvar mais de 20 pessoas pode estar nos Jogos Olímpicos



Há sete meses, Yusra Mardini estava num barco de borracha com outras duas dezenas de sírios a fazer a viagem entre a Turquia e a Grécia. O barco estava a afundar-se e a jovem e a sua irmã, ambas praticantes de natação de alta competição, saltaram para a água e nadaram – com dificuldade – até à margem.

“Algumas pessoas não sabiam nadar e tivemos de saltar para a água para as ajudar. Foi uma experiência horrível”, disse hoje Yusra em Berlim, onde agora vive. Depois de passar por vários países e pedir asilo à Alemanha, ela forçou o regresso às piscinas e recomeçou a treinar. Agora, ela quer chegar aos Jogos Olímpicos de 2016, que se disputarão no Verão no Rio de Janeiro.

Mardini é uma das 43 atletas que tentam chegar ao Rio através da equipa de Atletas Refugiados Olímpicos, naquela que será a primeira vez que o projecto existe. “Quero que todos os refugiados se sintam orgulhosos por mim. Quero encorajá-lo e dizer-lhe que, embora não estejamos nas nossas casas, ainda podemos atingir grandes feitos”, recordou ao Mashable.

A jovem fugiu de Damasco, capital da Síria, no início de 2015. E avisa que quer voltar. “Ficarei muito contente quando voltar à Síria”, explicou.

O treinador de Yusra e da irmã, Sven Spannekrebs, conheceu a dupla a partir de uma dica que chegou ao seu clube, Wasserfreunde Spandau 04. Segundo o Mashable, Spannekrebs ficou imediatamente impressionado com a qualidade da jovem. “Ela aprendeu muito rápido. Quatro semanas depois disse-lhe: ‘O nosso objectivo deve ser os Jogos de 2020, em Tóquio’”. No entanto, Yusra tem outros planos e quer estar no Brasil.

“Mesmo que falhe, vou tentar outra vez. Vou tentar até conseguir”, explicou.





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