Regiões áridas ajudam a reter parte do excesso de CO2



Investigadores da Universidade Estadual de Washington descobriram que as áreas áridas, que se encontram entre os maiores ecossistemas do planeta, absorvem uma quantidade inesperada de níveis de dióxido de carbono da atmosfera.

Com esta descoberta, poderá agora saber-se quanto do carbono permanece na atmosfera como CO2, e o quanto fica armazenado na terra e no oceano, noutras formas da substância.

O estudo, publicado na semana passada na Nature Climate Change, é o resultado de uma experiência de 10 anos,  na qual os pesquisadores expuseram glebas do deserto de Mojave, na Califórnia, a níveis elevados de CO2, semelhantes aos que se espera encontrar em 2050. Eles recolheram o solo e plantas, até um metro de profundidade, e mediram quanto de carbono foi absorvido.

O trabalho trata de uma das facetas desconhecidas do aquecimento global: o grau no qual ecossistemas de terra absorvem ou libertam CO2  quando a sua presença aumenta na atmosfera.

As áreas áridas recebem menos de 25 cm de chuva por ano, ocupando uma extensa faixa de 30 graus de latitude norte e sul. Com as áreas semi-áridas, que recebem menos de 50 cm de chuva por ano, elas respondem por quase metade da superfície do planeta.

Na verdade, como já afirmámos no Green Savers, os solos de floresta têm mais matéria orgânica e, se fizermos a conta por metro quadrado, retêm muito mais carbono. Mas como os solos áridos cobrem tanta área, segundo o Science20, eles podem ter um papel considerável na avaliação de carbono e em quanto a Terra aquece quando os gases de efeito estufa se acumulam na atmosfera.

Foto:  geographyalltheway.com / Creative Commons





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