Reino Unido: Boom no número de utilizadores de bicicletas rende 3,3 mil milhões de euros à economia



O recente boom no número de ciclistas britânicos está a render à economia local cerca de 3,3 mil milhões de euros, segundo um estudo publicado pela London School of Economics.

O estudo, que foi encomendado pela televisão Sky e pela British Cycling, tentou calcular o “gross cycling product” dos ciclistas, tendo em conta o seu impacto económico nas vendas de bicicletas e respectivo equipamento e criação de emprego no sector.

Também foram analisados outros factores, como a contribuição dos ciclistas para a redução dos congestionamentos, baixo absentismo e decréscimo da poluição atmosférica.

Assim, a London School of Economics chegou à conclusão que o sector movimenta 3,3 mil milhões de euros, o que significa cerca de 265 euros por cada ciclista.

O estudo revela ainda que o ciclismo – por lazer ou no trajecto casa-trabalho – está a gozar de um boom sem paralelo no Reino Unido. Para além do bem sucedido lançamento do sistema de partilha de bicicletas de Londres, o célebre Barclays Cycle Hire, há a destacar a construção de milhares de ciclovias por todo o Reino Unido e a promoção da actividade. Ao todo, o número de utilizadores de bicicleta subiu 1,3 milhões no último ano, levando o total de população ciclista para os 13 milhões.

O estudo revelou também que a venda das bicicletas subiu 28% no último ano, para as 3,7 milhões. O resultado? 1,8 mil milhões de euros em vendas.

O sector foi ainda responsável pela criação de 23 mil empregos, beneficiando a economia em 572 milhões de euros.

A pesquisa da London School of Economics foi mais longe, concluindo que os ciclistas frequentes estavam doentes, em média, 7,4 dias por ano, contra 8,7 dias dos não-ciclistas. Estes números representam uma economia de 146 milhões de euros por ano.

Finalmente, se esta tendência se mantiver nos próximos anos, em 2015 os utilizadores de bicicletas podem ser responsáveis pela poupança de 240 milhões de euros na redução dos congestionamentos de tráfego, 81 milhões de euros na diminuição da poluição atmosférica, 122 milhões de euros na redução de mortes prematuras e 59 milhões de euros em custos do plano nacional de saúde do Reino Unido.





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