Relatórios sobre alterações climáticas devem ser mais curtos e focados



Cientistas e governos defendem que os especialistas em clima das Nações Unidas devem concentrar-se em produzir relatórios curtos sobre assuntos especializados, tais como as condições climáticas extremas.

Os grandes estudos sobre aquecimento global, produzidos a cada seis ou sete anos pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, têm autoridade mas são muito longos – e, em alguns casos, tornam-se rapidamente desactualizados.

Segundo o Huffington Post, muitos cientistas defendem a criação de relatórios mais frequentes e direccionados – sobre secas, inundações e ondas de calor, por exemplo –, de modo a verificar se as alterações climáticas influenciam a frequência ou severidade destes eventos.

A produção de alimentos num clima em mudança, as perspectivas para a geo engenharia ou os riscos de mudanças irreversíveis no planeta, como a fusão da Antárctida Ocidental, poderiam ser temas a incluir em cada um desses relatórios especiais.

O Painel está agora a trabalhar em três relatórios gerais, que totalizam cerca de 3.000 páginas. Perante isto, a Grã-Bretanha sugere o uso de ferramentas do tipo “wiki”, baseadas na internet, que poderiam permitir actualizações mais frequentes. Já a Itália diz que “não há necessidade automática” de um novo relatório extenso sobre a ciência das alterações climáticas.

A grande mais-valia do Painel é que as suas avaliações do clima são aprovadas tanto por cientistas como por governos – dando aos resultados uma ampla aceitação nas negociações sobre um acordo da ONU para combater as mudanças climáticas, que deverá ser acordado até 2015.





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