Reservas de água de São Paulo caíram 74% num ano



Um ano depois de começar a crise hídrica na megacidade de São Paulo, no Brasil, a Companhia de Saneamento Básico deste estado (Sabesp) afirma que as reservas de água disponível para abastecer 20 milhões de pessoas caíram 74%.

Há um ano, quando o Sabesp emitiu o primeiro alerta sobre a seca, os seis mananciais que atendem a região mais rica do país somavam 1 trilião de litros armazenados. Segundo o Planeta Sustentável, hoje restam 267,8 mil milhões, ou seja, 12,4% da capacidade dos reservatórios.

“A crise começa a ganhar ares trágicos, já que as reservas de água continuam a cair na temporada das chuvas, um fenómeno que se repete pelo segundo Verão consecutivo”, explica o Planeta Sustentável.

De acordo com o site brasileiro, esta á pior seca dos últimos 85 anos na cidade. Caso ela se mantenha a este ritmo, a reserva de água da Cantareira pode acabar nos próximos 206 dias.

Há um ano, o Cantareira estava com 23,1% de capacidade – hoje, com o uso do volume morto, o nível está 23,7% abaixo de zero – e o stock para toda a região metropolitana era de 47,3%, volume que foi suficiente para atravessar o período seco de 2014, já com economia e cortes na distribuição de água.

De lá para cá, a Sabesp lançou um programa que premeia quem economizar água, bombardeou nuvens para provocar chuva artificial, retirou bairros da capital da área de cobertura do Cantareira e reduziu a pressão na rede para diminuir as perdas por vazamentos.

Com todas estas ações, a Sabesp conseguiu reduzir em 23% o volume de água produzido na Grande São Paulo, de 69 mil litros por segundo em média antes da crise para os actuais 53 mil litros.

Foto: Gabor Basch / Creative Commons





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