Restrições no acesso alargadas às praias do Barreiro devido a detritos poluentes

O acesso às praias fluviais do Barreiro, no distrito de Setúbal, foi hoje restringido, à semelhança do que aconteceu no Seixal, devido à existência de detritos poluentes resultantes de um derrame de combustível, anunciou a autarquia.
“Durante a madrugada de dia 03 de julho, o derrame atingiu a zona do Barreiro, pelo que se aplicarão as mesmas restrições de acesso, determinadas pela Autoridade Marítima para a zona do Seixal”, explica Câmara Municipal do Barreiro numa publicação na sua página no Facebook.
As restrições impostas implicam que os cidadãos não devem entrar na água e não devem circular nas zonas afetadas.
A autarquia adianta que o Serviço Municipal de Proteção Civil do Barreiro encontra-se a acompanhar a situação e emitirá os necessários avisos para proteção da população.
Na quarta-feira, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) detetou nos areais da zona do Seixal detritos resultantes de um derrame de combustível, tendo restringido o acesso da população às zonas onde seja visível o poluente na água ou na areia.
Segundo a AMN, foi detetado um foco de poluição no dia 01 de julho, após ter ocorrido um derrame de combustível durante uma operação de reabastecimento no Terminal Multiusos de Lisboa (TML), em Santa Apolónia, em Lisboa.
A Autoridade Marítima Nacional adiantou que os elementos da Capitania, em colaboração com os da Autoridade Portuária, procederam à contenção do produto poluente, tendo sido tomadas as medidas possíveis, de forma a mitigar os efeitos do derrame.
A Polícia Marítima recolheu as amostras de material poluente para preservação da prova e posterior instrução processual, entregues no Laboratório de Referência do Ambiente da Agência Portuguesa do Ambiente.
As autoridades hastearam a bandeira vermelha na Praia da Velha, Praia dos Barcos, Praia do Seixal e Praia da Ponta dos Corvos.
A bandeira vermelha indica proibição total de entrar na água, devido a condições de risco, sendo um sinal de alerta para os banhistas, indicando que a área não deve ser usada para banho.
A Câmara Municipal do Seixal (CMS) referiu na quarta-feira que estava a acompanhar a situação junto da Capitania do Porto de Lisboa, Agência Portuguesa do Ambiente, Autoridade de Saúde e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e que, além de já se encontrar hasteada a bandeira vermelha, afixou um edital informativo nos painéis existentes naquelas praias.
“A autarquia continuará a acompanhar a situação e tomará as medidas necessárias em prol da proteção da saúde da população”, frisou a CMS.
Hoje, a Unidade Local de Saúde Almada-Seixal (ULSAS) lançou também um alerta nas redes sociais indicando que uma equipa do Serviço de Saúde Pública da ULSAS deslocou-se ao local afetado, tendo confirmado a presença de combustível.
Segundo a ULSAS, a atividade de banhos, pesca e apanha de bivalves nas áreas afetadas deve ser limitada até que a restrição de acesso à água seja retirada.