Retoma do turismo leva consumo de água em Macau a atingir novo recorde em 2024
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O consumo de água em Macau atingiu um máximo histórico em 2024, ultrapassando 100 milhões de metros cúbicos, graças à retoma do turismo, informou hoje a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM).
“Em 2024, o nosso abastecimento de água ultrapassou os 100 milhões de metros cúbicos, um recorde, com um crescimento homólogo de 5,6%, impulsionado sobretudo pela recuperação da indústria do turismo integrado”, afirmou a diretora executiva da SAAM, Kuan Sio Peng, durante um almoço com a comunicação social.
Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8% do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, antes da pandemia.
O número superou as previsões iniciais da Direção dos Serviços de Turismo, que eram de 33 milhões, assim como a previsão revista em alta em 04 de dezembro: 34 milhões.
Kuan Sio Peng disse esperar que em 2025 o abastecimento de água suba 3% graças ao crescimento económico, “ao desenvolvimento da zona A dos novos aterros urbanos” e à conclusão da construção de novos edifícios governamentais.
A zona A dos Novos Aterros Urbanos é a maior área recuperada dos novos aterros urbanos de Macau, com uma área total de 1,38 quilómetros quadrados, localizada na zona oriental do território, onde está em curso a construção de habitação pública e equipamentos sociais.
De acordo com a SAAM, mais de 90% da água bruta de Macau – a água não tratada – provém do curso de água de Modaomen do rio Xijiang, na cidade vizinha de Zhuhai.
Construído em 1960, o reservatório de Zhuxiandong, em Zhuhai, é a maior fonte de água do território, com uma capacidade de 2,4 milhões de metros cúbicos.
Fundada em 1935, ainda durante a administração portuguesa, a SAAM é uma empresa privada que detém o monopólio no abastecimento em Macau.
O território dispõe de quatro estações de tratamento de água, sete reservatórios, quatro estações de bombagem de água bruta e sete estações de bombagem.