Revolução no Aquário Vasco da Gama



O velhinho Aquário Vasco da Gama está em profundo processo de remodelação. Mantendo os espaços mais emblemáticos que o caracterizam, a Aquário aposta agora nas tecnologias interativas para transmitir às novas gerações um olhar sobre o futuro: proteger o mar é preservar a biodiversidade marinha e combater as alterações climáticas.

Nos últimos tempos, o comandante Nuno Leitão anda numa azáfama permanente. Como diretor da instituição, aceitou o desafio de modernizar o aquário museu mais antigo da Europa, mas sem o descaracterizar. E é isso que está a ser feito. O outrora fosso das focas foi abaixo e deu origem a um moderno auditório com a maior parede interativa da península Ibérica, que permite aos visitantes um mergulho virtual nos oceanos.

As tartarugas gigantes que ocupavam um tanque oval, numa das salas mais emblemáticas do Aquário, foram devolvidas à Natureza, com o apoio dos biólogos do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM). E graças aos emissores gps, os seus percursos no mar foram acompanhados durante meses. O espaço, entretanto libertado, foi remodelado para acolher um grupo de esturjões da Sibéria – parentes próximos do esturjão-comum que existia nos principais rios portugueses e que foi perseguido até à extinção.

A área do Museu, que alberga os raros exemplares capturados durante as expedições oceanográficas do rei D. Carlos a bordo do iate Amélia, também regista inovações. A principal é o novo espaço dedicado à valiosa biblioteca do rei – onde constam obras raras e muitos dos apontamentos e desenhos de D. Carlos.

Todos estas mudança têm como objetivo manter e aprofundar a forte relação emocional que sucessivas gerações de portugueses mantiveram e mantêm com o Aquário Vasco da Gama. Uma viagem pelo passado, mas com forte âncoras no futuro.

Por Paulo Caetano

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