Richard Branson pede aos seus gestores para contratarem ex-reclusos



O empreendedor e fundador do grupo Virgin, Richard Branson, pediu aos gestores, executivos e directores de centenas das suas empresas para contratarem cidadãos que acabaram de sair da prisão ou, inclusive, ainda se encontrem presos.

“Todos merecem uma segunda oportunidade. Muitos deles acabaram lá [na prisão] porque não tiveram muita sorte na vida”, explicou Branson.

Este pedido de Branson tem sido várias vezes repetido, internamente, nos últimos dois anos. Ainda assim, e de acordo com o próprio, os números de presos e ex-presos contratados ainda são ténues.

Segundo o The Guardian, a ONG Working Chance tem trabalhado com a Virgin para colocar ex-presos, sobretudo do sexo feminino, nos seus quadros de colaboradores. Sobre o problema de, nas entrevistas de emprego britânicas, os cidadãos terem de revelar se já estiverem ou não presos, Branson disse que há que abordar o tema de uma outra forma.

“Talvez devamos ter uma cláusula, nas nossas aplicações, que diga que a Virgin não quer saber o cadastro criminal dos candidatos, e que irá ajudá-los se for o caso. Ficarei muito contente de o fazer”, continuou.

O empresário explicou ao Guardian que teve a ideia de contratar reclusos e ex-reclusos depois de passar um dia numa prisão de alta segurança em Melbourne, na Austrália, com a amiga Jane Tewsen. “A Jane é a campeã das causas impopulares. Ela quis que eu visse o trabalho que estava a ser feito, pela instituição prisional, para dar trabalho aos presos, depois de cumprida a pena”, explicou.

Na mesma viagem, Branson reuniu-se com executivos da empresa de transportes australiana Troll, que contratou 460 ex-presos na última década. E ficou tão impressionado que, de regresso ao Reino Unido, contactou os directores-gerais das empresas da Virgin para lhes dar o recado e nova orientação do grupo: contratem presos e ex-presos sempre que seja possível.

Sem dúvida, uma lição de inclusão social de um dos empresários mais influentes do mundo.

Leia o artigo do The Guardian na íntegra (em inglês). E recorde que os reclusos da prisão de Christchurch vão ajudar na reconstrução da cidade neozelandesa.





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