Roma vai mapear túneis labirínticos para evitar colapso da cidade actual (com FOTOS)



Geólogos e arqueólogos estão a mapear e documentar os túneis labirínticos da Roma antiga, uma iniciativa essencial para garantir que a cidade actual não colapse para as suas catacumbas. A maioria do trabalho está a ser assegurada por geólogos da George Mason University, de Washington, e pelo Centre of Speloegarchaelogical Research, de Roma, e visa explorar as redes subterrâneas da cidade eterna.

O projecto vai arrancar na zona sudeste da cidade, de acordo com o LiveScience, e produzirá um mapa detalhado das pedreiras que serão usadas para chegar às zonas em maior risco. Estes túneis foram escavados pelos romanos, para poderem utilizar a rocha vulcânica para construir a cidade, mas os canais foram-se tornando mais pequenos.

As autoridades da cidade estão preocupadas com a possível derrocada de alguns dos edifícios modernos, uma ideia muito remota mas que já aconteceu 83 vezes, só este ano, a estruturas citadinas – de pequenas partes de edifícios a ruas.

Segundo a geóloga Giuseppina Kysar Mattietti, este mapeamento é crítico, uma vez que, ao longo dos anos, os habitantes locais preocuparam-se apenas em tapar estes buracos. Agora, e através de scanning 3D, os cientistas podem perceber onde estão as partes mais fracas dos túneis, entrando em buracos que sabem ser seguros.

Roma foi construída por cima de uma estrutura de rocha vulcânica, que é forte mas fácil de escavar. Muitos dos primeiros edifícios da cidade foram construídos com estes materiais vulcânicos.

Paralelamente, os túneis têm sido utilizados para cultivar cogumelos, para sistemas de esgotos ad-hoc, catacumbas e até abrigos anti-bombas, durante a Segunda Guerra Mundial.

“É muito interessante. Quando estamos lá em baixo, por vezes, conseguimos ouvir as pessoas falar cá em cima”, explicou Mattietti.

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