Roseiral da Madeira atrai 12.000 turistas por ano
O roseiral da Madeira, o quarto maior do mundo, atrai mais de 12.000 turistas por ano, segundo explicou ao Boas Notícias o director da Quinta do Arco, Miguel Caldeira. Com oito mil metros quadrados, o roseiral da Quinta do Arco tem 17.000 roseiras de 1.783 espécies distintas. Para além de possuir uma valiosa colecção de rosas raras e antigas, o jardim já foi distinguido, em 2014, pela World Federation of Rose Societies.
“É o quarto maior roseiral da Europa e possui uma das coleções de rosas antigas mais importantes do mundo”, salientou ao Boas Notícias Miguel Caldeira, que acrescentou que a manutenção destas rosas exige “cuidados diários”.
As primeiras rosas foram plantadas na Quinta do Arco no início do século XX, quando o último imperador austro-húngaro, Carlos I, que viveu na Madeira, ofereceu à família um híbrido que ainda hoje existe e floresce.
No jardim, é preciso assegurar a adubação e misturar na água os fertilizantes. A rega é feita gota a gota, duas vezes por semana, e também é preciso afastar doenças e parasitas – como a doença das manchas negras ou os aranhiços vermelhos. “As rosas são flores muito frágeis”, explica Miguel Caldeira. Há ainda que assegurar a poda que, durante o período de floração, entre Abril e Dezembro, é feita todas as semanas.
Em 2003, o autarca madeirense Miguel Albuquerque, cujo avô era apaixonado por botânica , decidiu transladar as rosas e criar um novo espaço para estas flores, abrindo também as portas do jardim ao público. Entre os milhares de espécies da Quinta do Arco, estão algumas das rosas mais antigas do mundo, como a famosa rosa da China, a Bourbon e a Damasco – que era muito usada, nos séculos XVIII e XIX, para produção de perfumes.
O jardim pode ser visitado entre Abril e Dezembro e recebe, em média, 12 mil visitas por ano. “Muitos dos turistas que aqui vêm têm uma grande paixão pelas rosas. Somos visitados por franceses, belgas, muitos alemães e ingleses. Ficam encantados com a imponência, a explosão de cores e a variedade de rosas”, conclui Miguel Caldeira.