Rússia: animais do zoo de Moscovo já estão a sentir os efeitos do embargo imposto pelo Kremlin
No início do mês, a Rússia respondeu às sanções impostas pela União Europeia e pelos Estados Unidos e levantou um embargo aos produtos alimentares importados destas duas potências, mas também da Noruega, Canadá e da Austrália.
O embargo vai durar até Agosto de 2015 e, durante este período, as empresas destes 32 países vão deixar de poder vender ao mercado russo produtos como carne, peixe, marisco, vegetais, fruta, produtos lácteos, entre outros.
Apesar de estar imposto há apenas 15 dias, já se fazem sentir os efeitos do embargo. Os animais do zoo de Moscovo são alguns dos que já sentem os efeitos das sanções comerciais, tendo a sua alimentação racionada.
Os tratadores estão à procura de maneiras de conseguir substituir a carne, peixe, fruta e vegetais importados, mas temem que a tarefa seja difícil. Os ursos castanhos do zoo, por exemplo, têm uma predilecção especial por maçãs polacas, que estão a partir de agora banidas do cardápio alimentar.
Os únicos produtos que não sofreram embargo foram os bens alimentares para bebés, e tal excepção deixou os tratadores dos animais dos jardins zoológicos russos pouco contentes, já que os seus animais não tiveram tal regalia, refere o Daily Mail.
“Quase todos os produtos que os animais consomem no zoo de Moscovo são importados”, explica a porta-voz do zoo, Anna Kachurovskaya. “Os principais alimentos importados são as frutas e os vegetais. Muitos animais comem as maçãs que compramos na Polónia, que são de boa qualidade e baratas”.
De acordo com a porta-voz, os produtos importados que os animais necessitam são mais baratos que os produtos domésticos e alguns bens alimentares são raros ou não existem mesmo na Rússia.
“Não podemos deixar de alimentar os animais por causa das sanções. Estamos à procura de novas alternativas para comprar os produtos. O problema, no entanto, não é de fácil resolução porque alguns dos animais não estão prontos para mudar o tipo de alimentação a que estão habituados. Alguns têm preferências alimentares geográficas”, afirma Anna Kachurovskaya. Um exemplo destes animais são os pinguins, que só comem o peixe que é pescado na América do Sul.