Salvem as falésias brancas de Dover



As falésias (ou penhascos) brancas de Dover são a primeira imagem que os viajantes têm da Grã-Bretanha quando atravessam o Canal da Mancha, vindos de França. Considerada um dos grande ícone da Inglaterra, esta paisagem, que desempenhou um papel crucial na história militar do país e foi, ao longo dos séculos, fonte de inspiração de pintores e escritores, está em risco de ser vendida a investidores.

Estas emblemáticas falésias brancas, que atingem cerca dos 110 metros de altura e são compostas principalmente de giz com uma textura muito fina de grãos e placas de carbonato de cálcio, também são habitat de mais de 40 espécies de flores e gramíneas, de borboletas como o Adonis Blue e Marbled White, e aves como o falcão peregrino e o Skylark.

No entanto, segundo o The Telegraph soube-se recentemente que um agricultor local, proprietário destes penhascos (até agora geridos pelo “National Trust”, organização de conservação na Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte) está a pensar vender os terrenos por 2,5 milhões de libras esterlinas. 

Com receio de que a extensão de 700.000 metros quadrados possa ser para sempre alterada pelos futuros proprietários (possivelmente investidores imobiliários), o National Trust está empenhado em cobrir a proposta, lançando para tal um apelo para angariar £ 1 milhão até ao dia 22 de Setembro. Este valor “permitirá garantir a terra, mas também educar e inspirar as futuras gerações”, dizem.

Se a angariação de fundos for bem sucedida, existem planos para recuperar as pastagens, tornar estanques as estruturas militares e criar novas rotas de acesso para os visitantes.

Foto: National Trust

 

 





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