São Paulo: greve do Metro originou filas de… 231 quilómetros



Como deve saber, São Paulo, no Brasil, é uma das áreas metropolitanas com pior transito do mundo. Os seus 20 milhões de habitantes  – o dobro de toda a população portuguesa – precisam de se mover todos os dias, para o trabalho e escola, para áreas de lazer ou, simplesmente, deambular pela cidade.

Ontem, os trabalhadores do Metro da cidade brasileira – tal como os seus colegas de Lisboa, há uns dias – fizeram greve. O resultado foi um autêntico pesadelo: 231 quilómetros de engarrafamento, passageiros revoltados e, no final, alguns confrontos com a polícia.

Para quem acha que a mobilidade sustentável é algo que lhe passa ao lado, retenha bem este número: 231 quilómetros de filas de trânsito. E não se deixe enganar pela estrada vazia que ilustra este artigo, apenas a publicámos porque a notícia já é suficientemente stressante de ler – quanto mais de ver.

A verdade é que os transportes públicos – neste caso, apenas o Metro – têm o condão não só de transportar quem não pode ou não quer levar o seu carro para o trabalho, mas também quem o quer ou pode fazer.

O que se passou ontem, em São Paulo, não só provocou o caos e desespero nos seus cidadãos como terá sido devastador para a economia local. Quantas pessoas chegaram tarde ao seu emprego? Quanto combustível foi gasto neste dia? E, no final do dia, o ar estava respirável? Quantos acidentes ocorreram?

Há que realçar ainda o facto de esta greve não ter acontecido em todas as estações e linhas, o que apenas vem colocar um pouco mais de sal nestes números.

Recorde aqui uma das soluções das cidades competitivas para tentar lutar contra os engarrafamentos de trânsito e respectivas consequências nefastas para a economia, ambiente e bem-estar da cidade, o teletrabalho.





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