Schneider Electric lança projecto para desenvolver renováveis em grandes consumidores industriais
A Energy Pool, a Schneider Electric e a CEA (Energias Alternativas de França e Comissão de Energia Atómica) acabou de anunciar o lançamento do projeto EnR-Pool, que visa promover o desenvolvimento das energias renováveis em grandes consumidores industriais através da modularidade da capacidade de energia.
O projecto pretende avaliar de que forma os clientes industriais podem, ao longo do tempo, ajudar a resolver problemas relacionados com a integração das energias renováveis intermitentes na rede eléctrica através do seu consumo de energia, melhorando simultaneamente a sua competitividade. Para tal, o projecto EnR-Pool irá desenvolver soluções e modelos de negócio destinados a alavancar a redução de carga e mecanismos de resposta à procura.
“A produção incerta de energias renováveis não está necessariamente em conformidade com as necessidades dos consumidores e pode causar dificuldades na gestão de sistemas eléctricos”, explicou Oliver Baud, CEO e fundador do Energy Pool. “As energias solares e eólicas, embora previsíveis, são intermitentes e variáveis e o projecto EnR-Pool pretende fornecer soluções que facilitem a produção do equilíbrio e o consumo de eletricidade, baseado na participação activa dos consumidores.”
O EnR-Pool é liderado pela Energy Pool, em parceria com a Schneider Electric e com as equipas CEA no INES. É financiado pela ADEME (Agência Francesa de Gestão de Energia e Ambiente), enquanto parte do seu programa “Investimento para o Futuro”, contribuindo com €1,1 milhões (R$2,7 milhões) para além do orçamento aprovado de €2,3 milhões (R$5,6 milhões).
Finalmente, o EnR-Pool visa afirmar a viabilidade técnica e desenvolver sistemas e modelos de negócios para melhorar os esforços de todos os players: consumidores, produtores, operadores de rede e especialistas de equilíbrio de rede.
O princípio da gestão da procura desenvolvido pelo EnR-Pool passa por reduzir ou deslocar o consumo na existência de uma redução da intensidade do vento e/ou da luz solar, e vice-versa, para estimular o consumo quando a produção é mais elevada e a procura mais baixa. Manter este equilíbrio da rede seria, desta forma, mais fácil e reduziria custos.