Sector da castanha pode criar 1.700 novos empregos em Portugal



O programa RefCast, que prevê revolucionar toda indústria da castanha, em Portugal, poderá criar mais de 1.700 empregos. O RefCast, recorde-se, pretende promover os investimentos junto dos pequenos agricultores e incentivar a plantação de soutos em Portugal, no âmbito do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural).

Segundo o Boas Notícias, o RefCast quer basear-se em dois grandes eixos: um voltado para a produção e outro para a transformação. Inicialmente, a proposta previa a plantação, até 2013, de cerca de 12.000 hectares de souto, o que beneficiaria alguns milhares de agricultores.

A verdade é que este projecto está em stand by desde 2008, ainda que os 28 parceiros do programa não desistam. “Depois de terem recebido boas críticas por parte dos vários ministros da Agricultura e da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, os responsáveis pelo RefCast apresentaram agora o projecto ao secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo”, explica o site.

De acordo com José Gomes Laranjo, professor e investigador da UTAD, a importância da aposta neste sector é clara. À Agência Lusa, o responsável reiterou que a castanha é “um produto que é muito valorizado e cuja procura supera a oferta”, pelo que o castanheiro é “uma fileira de oportunidade” para as zonas de montanha.

Como já noticiámos no Green Savers, José Gomes Laranjo defende ainda que a castanha poderá ser o petróleo transmontano. E Portugal pode liderar a produção europeia deste fruto, que se destina, na sua maioria, à exportação, rendendo entre 50 a 60 milhões de euros por ano aos seus produtores.

De acordo com Gomes Laranjo, a excelente qualidade das variedades de castanha portuguesas está a levar a uma elevada procura internacional, quer para a sua industrialização quer para o consumo em fresco.





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