Sector português do ambiente apresentou-se a Marrocos
O sector português do ambiente apresentou as suas competências para a área da água ao Ministério do Interior de Marrocos, uma sessão organizada pela AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) e que teve como objectivo dar conhecer o funcionamento e as boas práticas nacionais do sector, bem como apoiar o processo de internacionalização das empresas portuguesas em Marrocos.
Segundo a AEPSA (Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente), o encontro proporcionou ao representante marroquino Ben Oumrhar – responsável pelos planos de investimento para o abastecimento e distribuição da água para consumo e o tratamento das águas residuais para as regiões de Marrocos – um maior conhecimento das melhores práticas do tecido empresarial nacional deste sector.
Assim, a reunião com o Chefe da Divisão das Águas, do Ministério do Interior de Marrocos deu a conhecer as práticas nacionais no tratamento de águas residuais, em particular na gestão e reutilização das lamas. O encontro focou-se também na apresentação das soluções adoptadas por Portugal para as pequenas aglomerações rurais no que respeita ao tratamento de águas residuais e a organização e quadro legal do sector das águas em Portugal.
O evento contou ainda com a presença do Conselheiro Económico e Comercial da Embaixada do Reino de Marrocos em Lisboa e com as intervenções da empresa Águas de Portugal e da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.
O Presidente da AEPSA, Francisco de Mariz Machado, apresentou o contributo e as melhores práticas das empresas privadas para as áreas do abastecimento de água, recolha e tratamento de águas residuais, recolha e deposição final de resíduos sólidos urbanos e industriais, aproveitamento dos materiais reutilizáveis, recicláveis e recuperação de produto. A sua intervenção integrou ainda a apresentação dos equipamentos, tecnologia e projectos do setor privado, bem como os desafios da eficiência energética.
“As empresas privadas portuguesas actuam neste mercado há mais de vinte anos, tendo criado elevada capacidade em toda a cadeia de valor. Estando os investimentos futuros em Portugal focados na eficiência, conhecimento e aumento da qualidade dos serviços, as empresas, não só estão a evoluir para dar resposta a esta nova necessidade de mercado como dispõem de meios e competências para intervir em mercados onde o caminho que Portugal fez nos últimos 20 anos é ainda um desafio de curto prazo. Os resultados positivos registados neste sector estão a permitir que os processos de internacionalização das empresas portuguesas estejam a ser bem-sucedidos”, concluiu Francisco de Mariz Machado em comunicado.