Seis países de África e América Latina unem-se para recuperar rios e lagos



A República Democrática do Congo, o Gabão e a Zâmbia juntaram-se à Colômbia, Equador e México e lançaram hoje uma iniciativa comprometendo-se a recuperar rios, lagos e zonas húmidas degradadas dos seus países até 2030.

O “Desafio da Água Doce”, como batizaram a iniciativa, “visa restaurar 300.000 quilómetros de rios, o equivalente a mais de sete vezes a circunferência da Terra, e 350 milhões de hectares de zonas húmidas, uma área maior do que a Índia, até 2030”.

Numa declaração conjunta publicada no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre a Água, que decorre até sexta-feira, os países sublinham que os rios e lagos são os ecossistemas mais degradados do mundo.

Estes ecossistemas são lar de diferentes espécies de peixes, em muitos casos vitais para a segurança alimentar das comunidades nessas áreas.

Sem dar detalhes ou avançar números ou cronogramas, os países dizem que a iniciativa inclui uma “abordagem colaborativa para a concretização dos objetivos, na qual os governos e seus parceiros vão definir soluções de água doce com os povos indígenas, comunidades locais e outras partes interessadas”.

Além do seu compromisso, estes Estados apelam também a “todos os governos para que se comprometam com objetivos claros (…) para restaurar urgentemente ecossistemas saudáveis de água doce”.

“Ecossistemas saudáveis de água doce são críticos para a segurança hídrica e alimentar, ao mesmo tempo em que abordam as crises climáticas e impulsionam o desenvolvimento sustentável”, disse a subsecretária de Assuntos Multilaterais e Direitos Humanos do México, Martha Delgado Peralta, citada no comunicado.

Por sua vez, o representante da Zâmbia nas Nações Unidas, Chola Milambo, expressou o compromisso do seu país em garantir a segurança hídrica, alimentar e energética da Zâmbia com o objetivo de criar “um futuro menos vulnerável”.





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