Será a menor produção de resíduos uma vantagem?
Com o estado de alerta implementado no país, muita da restauração fechou portas ou limitou o seu serviço a take-away, pelo que a produção de resíduos decresceu significativamente. No Porto registou-se uma queda semanal de 800 toneladas de resíduos, segundo a LIPOR e o JN. Porém, com a população em casa, o lixo também aumenta.
Com as regras de confinamento, na ida ao supermercado os portugueses acabam por comprar mais produtos, e optam maioritariamente por embalagens. Um bom exemplo é o caso da compra de frutas, vegetais, pão e frutos secos, que se podem comprar a granel, mas que nesta época pouco importa ao consumidor. De igual forma, o facto das pessoas passarem mais tempo em casa permite uma melhor arrumação da habitação e incentiva a possíveis mudanças, o que gera o aumento da deposição de lixo e de equipamentos junto dos contentores, na via pública.
Por todo o país tem se verificado a imposição de novas regras pelas autarquias que alteram a rotina de recolha de lixo, limitando os dias e suspendendo serviços como a recolha de objetos volumosos (monos). São várias as queixas de moradores que alertam para o recente acúmulo de lixo.
Assim, a diminuição de resíduos produzidos em restauração não garante uma menor preocupação para o país. É necessário haver uma maior responsabilidade por parte da população quanto à deposição dos resíduos, respeitando as novas regras de recolha do seu município, e procurando fazer sempre a reciclagem em sua própria casa.