Será que também se transformou num prosumidor?



Nos últimos anos emergiu um novo perfil de consumidor. Mais informado e menos consumista, criterioso nas suas escolhas e sensível às questões ambientais. Claramente identificado pelos especialistas em ciências sociais, este espécime já recebeu um nome: é um prosumidor.

Resultado da contracção das palavras “produtor” e “consumidor”, esta expressão está associada a padrões de comportamento que não são alheios à crise económica. A necessidade de reduzir gastos e o pensamento crítico relativamente ao consumo desenfreado que começou a fazer escola nos anos de austeridade, levaram muita gente a definir critérios de maior exigência no que diz respeito aos seus hábitos de consumo.

Também a crescente informação sobre a pegada ecológica de certos alimentos e o desperdício alimentar sensibilizaram muitas pessoas para a aquisição preferencial de produtos ecológicos, assim como para a adoção de boas práticas ambientais como a reciclagem ou a participação em feiras de trocas, com o objectivo de trocar produtos em vez de os comprar.

Há dias foi apresentado no auditório do Instituto de Ciências Sociais (ICS) os resultados de um estudo promovido pela Missão Continente sobre consumo em Portugal que refere que só 29% das pessoas inquiridas – num universo de 1500 – não mudou os seus hábitos de consumo por causa da crise. Luísa Schmidt, socióloga do ICS que participou neste estudo, confirma que a maior frugalidade dos consumidores portugueses – consequência directa da crise – se está a revelar a par de uma maior consciência ambiental. Por outras palavras, os prosumidores vieram para ficar.





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