Shell desiste de perfurar poços de petróleo no Alaska. Para já.
A Shell anunciou ontem que não vai mais perfurar mais poços de petróleo na costa do Alaska, no Oceano Árctico, em 2013, de acordo com o presidente da empresa Marvin Odum. “[É] uma pausa”, explicou Odum ao Washington Post.
A Shell estava a fazer perfurações exploratórias nos mares de Chukchi e Beaufort.
Uma das primeiras organizações a reagir foi a Greenpeace, que no seu site oficial, aqui, revelou que esta foi a “primeira coisa que a Shell vai bem no Alaska – desistir”.
“A Shell deveria supostamente ser a melhor entre as melhores, mas a sua longa lista de erros e quase desastres é uma indicação clara de que mesmo as “melhores” empresas não podem funcionar ao perfurar o Árctico. O secretário do interior norte-americano, Ken Salazar, e o presidente Obama deram uma oportunidade para a perfuração, mas agora a decisão responsável é tornar o Árctico inexplorável, para sempre”, resumiu a ONG.
A Greenpeace referiu ainda que abandonar definitivamente o Árctico não significará apenas a protecção de um ecossistema frágil, mas também enviar um poderoso sinal aos outros países: “é hora de nos livrarmos do nosso vício de combustível fóssil”.
Por seu lado, a Shell afirmou que vai continuar a fazer pesquisas offshore e realizar encontros com a população local, para manter o programa em funcionamento até ser relançado a médio prazo. Até agora, este programa custou €3,8 mil milhões (R$ 9,8 mil milhões).
Veja as oito razões que a Greenpeace elaborou para justificar o abandono do projecto.
1.A Shell não faz a mínima ideia de quanto poderá custar uma operação de limpeza
2.O Arctic Challenger, da Shell, não foi considerado suficientemente seguro pelo Governo norte-americano
3.A guarda costeira norte-americana afirmou “não estar” confiante sobre o que poderá fazer a Shell em caso de derrame de petróleo
4.A plataforma da Shell pega facilmente fogo
5.A plataforma da Shell encalha com vento forte
6.O sistema de segurança da Shell ficou esmagado como uma lata de cerveja durante os testes
7.O vice-presidente da Shell para o Alaska afirmou: “Irão existir derrames”
8.A plataforma petrolífera da Shell, no Árctico, foi contra as rochas