Shell já gastou €3,3 mil milhões, mas exploração de petróleo no Árctico está mais longe
Seis anos e €3,3 mil milhões (R$ 9,1 mil milhões) depois, a Shell ainda não sabe se pode explorar o petróleo do Árctico. A petrolífera anglo-holandesa irá testar o seu equipamento de extracção de petróleo este mês, que terá de ser aprovado pelos reguladores norte-americanos – que já o reprovaram anteriormente.
Segundo avança o Financial Times, a Shell voltou a sofrer problemas no seu poço de Kulluk na segunda-feira. Cerca de 600 pessoas, lideradas pelo Governo norte-americano, estão já a trabalhar numa solução.
A aposta da Shell no Árctico tem sido marcada por vários fracassos, quer ao nível da segurança e equipamento mas também de reputação. A Greenpeace lançou a campanha Save the Arctic, considerando a abordagem da Shell “uma aventura cara e arriscada”.
“A Shell investiu sete anos de esforços e €3,3 mil milhões no seu programa de exploração de petróleo no Árctico, mas agora podemos ver o quão insegura essa aposta foi. A empresa não tem nada para apresentar a não ser uma série de erros e falhas que destruíram a sua reputação”, avançou há meses Bem Avlifee, da campanha Save the Arctic, da Greenpeace International.
A Shell espera começar os trabalhos no próximo Verão. Nos últimos seis anos, problemas legais, questões de regulação e segurança e falhas de equipamento atrasaram o projecto. Os testes de Janeiro serão fundamentais para a continuação – ou paragem – do projecto.