Silicon Valley prepara tecnologias para agricultura inteligente



Pela primeira vez, executivos de Silicon Valley, berço das principais empresas globais tecnológicas, encontraram-se com responsáveis de empresas agrícolas, universidades e investidores para criar inovações móveis e sensores que ajudem na criação de quintas agrícolas inteligentes.

Segundo o Financial Times, os projectos irão ser desenvolvidos pelo Steinbeck Innovation Cluster, situado em Salinas Valley – curiosamente (ou não), onde decorre parte do cenário do livro As Vinhas da Ira, do autor norte-americano John Steinbeck, que dá o nome ao instituto.

Salinas Valley, também na Califórnia, movimenta anualmente cerca de €6,1 mil milhões (R$17,8 mil milhões) de investimentos em agricultura, produzindo frutos e vegetais durante nove meses por ano – é a maior fonte de morangos, alface e brócolos dos Estados Unidos.

Os investidores dizem que este vale é perfeito para o teste de novas tecnologias agrícolas que melhorem a eficiência e eficácia do sistema de alimentação diária.

De acordo com o FT, há agricultores que já testam sensores para o solo que ajudam a monitorizar os níveis de humidade através do iPad, mas há vários outros aparelhos em cima da mesa para serem testados e implementados.

Um deles monitoriza um determinado vegetal desde o momento em que este é apanhado até que chega às prateleiras do supermercado, ajudando a determinar se ele poderá ter sido contaminado durante o processo.

O projecto contará com um investimento inicial de €19,1 milhões (R$55,5 milhões), sendo que Silicon Valley entrará com 80% do valor. Os restantes 20% será investidos por empresas com o a Taylor Farms ou a Driscoll’s, que produzem e comercializam saladas e morangos.

Com a população a crescer a uma velocidade vertiginosa, a inovação tecnológica na agricultura será cada vez mais importante no preenchimento de algumas das necessidades básicas de biliões de pessoas em todo o mundo.

Ainda assim, é preciso perceber se esta inovação não irá pôr em causa a saúde dessa mesma população e, não menos pertinente, como é que esta mudança de paradigma ser irá ajustar à menor quantidade de empregos que serão precisos no sector.





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