“Skiffia francesae” regressa ao seu rio nativo no México



Este peixe de água doce colorido ao sol é mais pequeno do que um polegar. A espécie foi mantida viva em cativeiro. Mas agora, os conservacionistas estão a devolver o peixe ao seu habitat natural do rio Teuchitlán, no México, avança o “Inhabitat”

“O Dia dos Mortos é uma celebração tradicional mexicana, em que se acredita que os antepassados falecidos do povo regressam à terra dos vivos por uma noite, para conversar e passar tempo com as suas famílias”, disse Omar Domínguez-Domínguez, professor e investigador da Universidade Michoacán do México e líder da reintrodução da Skiffia francesae, citado pelo site referido. “A reintrodução da Skiffia francesae por esta altura é uma metáfora de como a espécie regressou dos mortos para regressar à sua casa, não por uma noite, mas para sempre”, acrescentou.

Segundo a mesma fonte, a Universidade Michoacán do México, Goodeid Working Group, Chester Zoo, Re:wild e SHOAL colaboraram para devolver a Skiffia francesae ao seu rio nativo Teuchitlán em Jalisco, México. A 4 de Novembro, a equipa libertou cerca de 1.200 dos peixes criados num programa de reprodução em cativeiro.

Este é o mais recente projeto da Fish Ark Mexico, que tem instalações na Universidade de Michoacán. O projeto de conservação concentra-se em 41 espécies de peixes de água doce altamente ameaçadas. Há seis anos, a Fish Ark Mexico reintroduziu com sucesso a tequila splitfin no rio Teuchitlán. Esta população está agora a prosperar. Os conservacionistas esperam ter um sucesso semelhante com a Skiffia francesae, sublinha o “Inhabitat”.

“A libertação desta espécie na natureza é uma luz de esperança para esta maravilhosa família de peixes e para a conservação dos peixes de água doce em geral”, disse Domínguez-Domínguez. “Saber que universidades, zoológicos e aquariofilistas podem juntar-se para reparar parte do que foi destruído e devolver à natureza parte do que foi perdido é uma coisa espantosa”. A reintrodução beneficiará não só o ecossistema natural, mas também, devido aos trabalhos de restauração de habitats já realizados, as comunidades que vivem perto do rio”, conclui.

 

 





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