Sonae Arauco cria projeto pioneiro para apoiar produtores florestais
A Sonae Arauco, uma das maiores empresas mundiais de soluções de madeira, lançou um projeto de Investigação & Desenvolvimento com o objetivo de ajudar os produtores florestais a aumentarem significativamente a sua produção, contribuindo para inverter a tendência de decréscimo da área plantada no país.
Trata-se de um ensaio com mais de 100 mil sementes de pinheiro-bravo e de pinheiro-radiata de 136 famílias e proveniências (Portugal, Espanha, França e Chile), que pretende testar e comparar o comportamento das plantas em diferentes condições de solo e clima em Portugal.
Numa primeira fase, que decorre até meados de fevereiro, as plantas crescem num viveiro florestal, em condições idênticas. Os passos seguintes são plantá-las em seis locais diferentes, numa área total de 24 hectares, do Centro e do Norte de Portugal, e repetir o processo no ano seguinte, por forma a eliminar o efeito do clima nos resultados. Numa fase posterior, esta zona de ensaios servirá também como área de demonstração.
No longo prazo, o projeto pretende reproduzir em escala as plantas selecionadas, viabilizando aos produtores florestais em Portugal o acesso a plantas de elevada qualidade genética e produtividade, contribuindo para um aumento da rentabilidade da cadeia de valor do pinheiro.
Entre 2005 e 2019, o volume em crescimento do pinheiro-bravo registou um decréscimo de 37%. De 1995 a 2015 perdeu-se 27% da área plantada, o equivalente a mais de 13 mil campos de futebol todos os anos. “A tendência de declínio do pinheiro-bravo registada nas últimas décadas, assim como a previsão de uma procura cada vez maior do mercado por matérias-primas sustentáveis, como a madeira, são o fundamento deste projeto. A sustentabilidade é parte integrante da estratégia da Sonae Arauco e pretendemos ser um agente de mudança no setor e apoiar o desenvolvimento da floresta nacional”, afirma Nuno Calado, Diretor de Sustentabilidade e Floresta da Sonae Arauco.
Este projeto, explica o responsável, “tem a grande mais-valia de utilizar sementes provenientes de diferentes programas de melhoramento de pinheiro, ou seja, espécies de elevada produtividade, o que nos permitirá apresentar aos proprietários florestais e aos viveiros nacionais recomendações sobre as espécies e proveniências mais adaptadas e mais rentáveis para diferentes regiões de Portugal.”