STAL critica amianto nos estaleiros municipais do Crato mas presidente desdramatiza



O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) alertou ontem para a existência de coberturas de amianto nos estaleiros da Câmara do Crato (Portalegre) e considerou “indignos” os balneários e espaço de refeições, mas o município desdramatizou.

O coordenador da direção regional de Portalegre do STAL, Paulo Canau, disse à agência Lusa que as coberturas de amianto são “um problema com vários anos”, mas que o município tem “estado a ignorar” este caso.

Em comunicado, o STAL divulgou que trabalhadores camarários estiveram hoje de manhã reunidos em plenário e entregaram, depois, nos serviços do município uma resolução com as suas exigências.

“Nós queremos a construção de um estaleiro em condições, de um balneário que não tem, de um refeitório”, porque “aquilo é um buraquito indigno, cheio de humidades”, disse Paulo Canau.

De acordo com o mesmo dirigente sindical, no distrito de Portalegre, o STAL tem identificado o estaleiro do Município do Crato como “o pior” da região.

Contactado hoje pela Lusa, o presidente da Câmara do Crato, Joaquim Diogo, desdramatizou a situação, garantido que “está em carteira” avançar com a construção de um novo estaleiro.

O autarca explicou ainda que tem na sua posse um relatório de uma empresa certificada que refere que o amianto existente no atual estaleiro “não está a libertar qualquer tipo de partículas”.

O presidente do município também explicou que o novo estaleiro vai ser construído na zona industrial daquela vila alentejana.

Contudo, nesta altura, Joaquim Diogo disse não poder ainda avançar com datas, nem com valores relativos ao custo da obra, “porque tem a ver com financiamentos” que estão ainda por estipular.

Questionado ainda pela Lusa sobre as atuais condições nos balneários e no espaço onde que os trabalhadores fazem as suas refeições, Joaquim Diogo argumentou que os mesmos “têm as condições mínimas”.





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