Suíça: sindicatos querem aumento do salário mínimo para os… €3.315 (R$ 7.757)
Apoiados por mais de 111 mil trabalhadores, os sindicatos da Suíça estão a propor um novo salário mínimo para o País: €3.315 (R$ 7.757) por mês, um valor que, dizem os sindicatos, se encontra no limiar da vida em dignidade no país helvético.
Para tal, a União Sindical Suíça (USS) está a recolher assinaturas para que a Constituição seja modificada e passe a incluir um ponto a favor da protecção dos “trabalhadores no mercado de trabalho”. Assim, caberia à confederação helvética e aos cantões da Suíça a introdução de um vencimento mínimo para quem trabalha mais de 42 horas semanais.
Como já reuniu mais de 111 mil assinaturas, o texto será objecto de uma votação popular. O objectivo é garantir que todos os trabalhadores tenham “um salário decente”, como sustentou o economista e membro do sindicato Daniel Lampart, citado no site Swissinfo.
Mesmo que a ideia não venha a concretizar-se, os sindicatos esperam, pelo menos, pressionar as confederações colectivas de trabalho a agir. “Hoje, praticamente 10% dos que trabalham a tempo inteiro recebem um salário inferior a €3.315 euros (R$ 7.757). Muitas vezes têm de recorrer à assistência social”, explicou o economista e sindicalista Daniel Lampart.
As estatísticas oficiais da Suíça apontam para que cerca de 120 mil pessoas com um emprego a tempo inteiro vivam na pobreza.
As diferenças salariais na Suíça agravaram-se drasticamente nas últimas décadas, um tendência, refira-se, global. Há 30 anos, o patrão ganhava até 30 vezes mais que o salário mais baixo pago nessa empresa. Hoje, esta diferença está em 1.000 vezes.