Svalbard: as temperaturas continuam a subir na cidade mais a norte do mundo



De acordo com um recente relatório oficial norueguês “Clima em Svalbard 2100”, a temperatura média em Svalbard para o período 2070-2100 deve aumentar entre 07 e 10 graus Celsius em comparação com o período 1970-2000. A mudança já é visível, segundo o relatório, que revela que “de 1971 a 2017, foi observado um aquecimento de 03 a 05 graus Celsius, os maiores aumentos no inverno”.

Segundo o relatório da Agência Ambiental Norueguesa, a cidade de Longyearbyen, na Noruega, é o lugar do planeta a aquecer mais rápido. Nesta cidade do arquipélago de Svalbard, as temperaturas aumentaram 4ºC desde 1971. No inverno, quando as mudanças são mais acentuadas, a temperatura subiu 7ºC. São aumentos que o resto do mundo não deverá registar, pelo menos, até ao século XXII.

O arquipélago de Svalbard, ligeiramente mais pequeno do que a Irlanda, está posicionado, geograficamente, numa zona de intempéries. As pressões de temperatura vêm do Norte (a atmosfera do Ártico, que aquece o dobro da média global) e do oceano próximo (que traz correntes cada vez mais quentes do Golfo do México). À medida que a sua superfície de neve derrete, a terra reflete menos e absorve mais calor do sol. E com o derretimento do gelo nas zonas costeiras, o clima continental calmo é substituído por tempestades costeiras.

Conhecida pelos seus ursos polares, Svalbard abriga uma mina de carvão, a energia que emite mais gases de efeito estufa, e uma “Arca de Noé vegetal”, inaugurada em 2008 para proteger as plantas das mudanças climáticas.





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